7 de abr. de 2010

0.3

a n A   e seus equívocos
.
.
Os pés rolaram escada abaixo.




Com a respiração
que não cabe
em pulmões atrasados,
a n A se arremessou
para a rua
trancando rápido o portão.


Seus olhos avistaram:
o ônibus 177y
em constante velocidade
rumo ao ponto de ônibus!


O ponto que ela deveria estar,
O ponto que e l a n ã o e s t a v a.


Passo a passo
em constante velocidade,
a n A se atira
numa corrida irreversível
(uma bala que escapou do revólver).


Iludida em alcançar seu ônibus,
fica em meio a poeira da fumaça diesel.


O lenço florido
dos seus cabelos
voou ao vento,
caiu no asfalto.


.

Nenhum comentário:

Postar um comentário